segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Gênios imortais...



A parceria entre Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o maestro soberano, pianista e compositor "Tom Jobim" e Marcus Vinicius da Cruz e Mello Moraes, o diplomata, poeta (essencialmente lírico), jornalista e compositor, "Vinicius de Moraes", transformou e enriqueceu a música no Brasil e no mundo.

Tom e Vinicius são considerados uns dos maiores expoentes da música brasileira e uns dos criadores do movimento da bossa nova. São praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical.

Sem dúvida, Tom existiria sem Vinicius, e vice-versa. Ambos eram geniais, verdadeiros mestres em suas artes. Porém, se maestro e poeta não tivessem se encontrado numa tarde de maio, de 1956, num bar do centro do Rio, o Villariño, o amor não teria sido exaltado em toda sua plenitude, o amor não doeria em paz. Quem mais poderia compor Se Todos Fossem Iguais a Você, Canção do Amor Demais, Eu Sei Que Vou Te Amar, Água de Beber, Garota de Ipanema, Ela É Carioca e Lamento, entre tantas outras canções inesquecíveis?

Neste mês Tom completaria 85 anos de idade(em 25 de janeiro), e nós é que ganhamos um presente...o Documentário "A Música segundo Tom Jobim" que estreiou nos cinemas para expor visualmente a obra do gênio, uma ideia perseguida pelo diretor Nelson Pereira dos Santos desde antes da morte do músico, em 08 de dezembro de 1994.O documentário é um deleite musical em sua mais pura forma.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pablo Neruda...


Quero apenas cinco coisas:
Primeiro é o amor sem fim.
A segunda é ver o outono.
A terceira é o grave inverno.
Em quarto lugar o verão.
A quinta coisa são teus olhos. Não quero dormir sem teus olhos. Não quero ser... sem que me olhes. Abro mão da primavera para que continues me olhando.

(Pablo Neruda)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

(Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012


E se for para ficar junto, que seja direito. Nada de complicar, inventar ou desistir. Se for para ficar junto, que não seja como estão acostumados, ou como disseram que tem que ser. Que seja do nosso jeito. Meio deslocados, irracionais e tranquilos até demais. Se for para ficar junto, que seja por amor. Porque se o amor for mesmo tudo, é ao teu lado que eu quero aprender a amar. Se for para ficar junto, deixa seguir, deixa levar. O tempo vai dizer tudo, e a nós consertar. Vai arder o fogo mais lento e derreter o gelo mais profundo. Preencher de alegria, o vazio mais resistente. E se for para ficar junto, que fique. Eu contigo, você comigo. Nós dois contra o mundo, presos um ao outro, mesmo tão livres e tão diferentes.

sábado, 7 de janeiro de 2012


Já cansei de entender os outros. De compreender os outros. De aceitar o erro de todo mundo. Tá na hora de aceitarem os meus erros também, os meus pecados, os meus devaneios. Tá na hora de amar à mim mesma. Eu comigo-mesma. Sempre. Pra sempre. Já chega dessa historinha de amar incondicionalmente...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Eu quero uma casa no campo...

Esse é o meu real desejo...


"Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais"
(Elis Regina)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Meu "hit de verão"...


A meu ver a música detém a condição de mais bem acabada manifestação artística, eu a considero uma arte sublime, tão bela quanto à poesia, uma arte de espetáculo extremamente ligada à vida e capaz de influenciar os pensamentos e as emoções dos seres humanos. Carrego nas costas uma tatuagem de notas musicais e é claro, quem me conhece sabe o quanto eu gosto dessa arte.

Certa vez eu ouvi que gostar de rock era só uma opção... até aí eu concordo, mas prefiro as minhas opções a fazer parte da massa que considera Michel Teló e companhia do gênero como bons “hits”... eu digo aff!!!

Como momento protesto de quem não aguenta e não gosta dos “hits de verão” titulado pela massa, escolhi o meu “hit de verão”: Band on the run de Sir Paul MacCartney.

Paul é cantor, compositor, baixista, pianista, guitarrista, produtor musical, cinematográfico, empresário e ativista dos direitos dos animais britânicos. Foi o responsável pela composição de vinte, das lindas músicas da melhor banda do Universo, The Beatles.

Em 1979, o Livro Guinness dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos. McCartney teve 29 composições de sua autoria no primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA, vinte das quais junto com os Beatles e o restante em sua carreira solo ou com seu grupo Wings, formado em 1970.

A importância do trabalho solo de Paul McCartney não se credita, apenas, por se tratar de um trabalho de um ex-beatle. A musicalidade e a exuberância deste multi-instrumentista que domina como poucos, o ofício de construir magníficas melodias para o deleite dos ouvidos receptivos à boa música.

O primeiro solo de Paul é igualmente especial por manter, de alguma forma, a atmosfera dos Beatles. É quase um registro do quarteto feito por apenas um integrante. As canções geradas ainda com os Beatles se encaixam perfeitamente com o restante do repertório.

Segue o meu "hit de verão":