quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Hoje me dei conta...


Nossa! Quanto tempo eu não escrevo aqui...
Há momentos na vida que precisamos nos isolar, momentos para reflexão, para entender algumas desmotivações, sei lá...
Tenho ocupado meu tempo estudando muito, até parece um escape...
Além do violão, amanhã inicio nas aulas de piano, é incrível como a música me faz bem, como consigo esquecer os problemas diante de tempos tão ruins...
Até fiz uma tatuagem discreta de notas musicais nas costas, ficou bonitinha...
Mudei alguns hábitos nesses meses, pequenos “reajustes” na rotina faz a gente perceber o quanto é simples viver melhor...
Conheci algumas “tribos” de hábitos noturnos, corredores, ciclistas, pessoas maravilhosas, com alto astral e energia que ajudaram a me motivar.
Afastei-me de pessoas barulhentas e agressivas, pessoas que atormentavam o meu espírito, encontrei a paz na silencio, percebi quantas coisas conquistei sozinha... Temos a mania de acreditar que a nossa felicidade está nas mãos de outras pessoas, que elas nos farão felizes... doce engano.
Estou empenhada em me fazer feliz, em realizar conquistas pessoais, aquelas que prometi a mim mesma algumas vezes.
Cansei de dar murro em ponta de faca, de perder, de acreditar em bonitas promessas, de ficar esperando, de viver ilusões... Hoje li um poema de Cecília Meireles que retrata bem o que escrevi:

Hoje me dei conta de que as
pessoas vivem a esperar por algo
E quando surge uma oportunidade
Se dizem confusas e despreparadas
Sentem que não merecem
Que o tempo certo ainda não chegou
E a vida passa
E os momentos se acumulam
como papéis sobre uma mesa
Estamos nos preparando para qualquer coisa
Mas ainda não aprendemos a viver
A arriscar por aquilo que queremos
A sentir aquilo que sonhamos
E assim adiamos nossas
vidas por tempo indeterminado
Até que a vida se encarregue
de decidir por nós mesmos
E percebemos o quanto perdemos
E o tanto que poderíamos ter evitado
Como somos tolos em nossos
pensamentos limitados
Em nossas emoções contidas
Em nossas ações determinadas
O ser humano se prende em si mesmo
Por medo e desconfiança
Vive como coisa
Num mundo de coisas
O tempo esperado é o agora
Sua consciência lhe direciona
Seus sentidos lhe alertam
E suas emoções não
mais são desprezadas
Antes que tudo acabe
É preciso fazer iniciar
Mesmo com dor e sofrimento
Antes arriscar do que apenas sonhar