Hoje é dia de Renato...

"É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais..."

Se vivo estivesse, Renato Russo, um dos principais músicos brasileiros e líder da banda Legião Urbana, completaria hoje 52 anos de idade.

Renato Manfredini Junior quando criança gostava de fantasiar que fazia parte de uma banda de rock imaginária chamada 47th Street Band, na pele do fictício Eric Russel. De quebra, quis homenagear o iluminista suíço Jean-Jacques Rousseau, o filósofo inglês Bertrand Russel e o pintor francês Henri Rousseau. Tornou-se Renato Russo. Despontou para o sucesso em Brasília. Criou em 1978 o Aborto Elétrico, grupo influenciado pelo punk rock inglês. Em 1982, saiu do Aborto, foi o Trovador Solitário e depois montou a Legião Urbana. O resto é história, sedimentada em uma carreira de sucesso tornou-se um mito e celebrizou-se como o maior poeta do rock nacional.

Com uma inteligência fértil, sensível, rebelde, polêmico, uma voz potente e estilo inconfundível, Renato foi capaz de traduzir, numa inspirada coleção de versos musicados, indagações e valores que atravessam o imaginário dos jovens de várias idades, soube ser alma pensante tanto nas letras como em suas opiniões, depoimentos e escritos.

Posso ser redundante ao escrever sempre sobre o Renato, mas não estou nem aí, pois o cara era "Phoda" com "PH" mesmo, aliás, quem hoje escreve letras como o nosso "Russo" escrevia?

Tive a sorte e o prazer de conhecê-lo quando eu tinha nove anos de idade, época em que morei em Brasília, desde então passei a ser apaixonada pela Legião, por violão e claro, pelo líder da banda, que me encantava pelas letras embasadas em literaturas, mitologias e histórias. Ainda o considero o melhor, afinal, como Renato mesmo dizia: “Não é porque uma pessoa morreu que ela deixou de ser...”

Há quinze anos Renato morreu, mas influenciou e ainda influenciará gerações sedentas por rock, vida e descoberta.

Fecho com uma das canções preferida do Renato: